quarta-feira, 17 de agosto de 2011

1 – Industrialização

    A industrialização é um dos principais elementos de transformação do espaço geográfico. A partir da atividade industrial, houve profunda modificação na sociedade brasileira.

   1.1 – Formação do parque industrial no Brasil

A formação do parque industrial brasileiro teve início de fato na segunda metade do século XIX, recebeu grande impulso a partir dos anos 1930 e adquiriu muita importância na segunda metade do século XX. Provocando inúmeras modificações econômicas, sociais e políticas na sociedade brasileira, a implantação de indústrias no Brasil contou com a existência prévia de um mercado consumidor e com a experiência industrial com que chegava os imigrantes vindos da Europa.

   1.2 – As primeiras experiências industriais

Concentram-se nos setores alimentícios e têxtil, aproveitando-se da capacidade nacional de produzir matérias-primas e da importação de máquinas da Europa, destacam-se também as indústrias de calçados, bebidas e móveis.

1.2.1    – Indústria têxtil

A mais importante na industrialização do país no final do século XIX e início do século XX.

1.2.2    Calçados

Foi uma das atividades mais prósperas do início do século XX.

1.2.3    Bebidas

A primeira fábrica de grande importância foi instalada no Rio de janeiro em 1860. 

1.2.4    Móveis 

Caracterizada por tem um pequeno número de grandes empresas convivendo em várias empresas de pequeno porte.

   1.3 – fatores da concentração industrial em São Paulo

            Foi o estado que mais concentrou grande parte da produção industrial a partir das últimas décadas do século XIX, tinha a economia mais dinâmica do país por causa do café, o principal produto de exportação do Brasil na época, a concentração  populacional acabou proporcionando a existência de uma ampla mão de obra, além de um mercado consumidor para os produtos industrializados.

            1.3.1 – O papel do imigrante

            A vinda de imigrantes europeus favoreceu a formação de mão de obra operária, pois parte deles já conhecia alguma atividade manufatureira na Europa, eram trabalhadores urbanos com ampla experiência no setor industrial.

            1.3.2 – O papel da estrada de ferro

            Outro fator que favoreceu a concentração industrial em São Paulo foi a infraestrutura criada pelo café. A exportação da malha ferroviária para transportar o café do interior de São Paulo para o porto de Santos contribuiu para o surgimento de muitos núcleos urbanos, aproveitando-se para sediar atividades industriais, pois tinham como receber matérias-primas e escoar os produtos pela ferrovia.

            1.3.3 – O papel das guerras e do café

            Restrições externas, como as grandes guerras mundiais (os períodos 1914-1918 e 1939-1945), também foram importantes para a industrialização do Brasil, pois dificultaram a importação de manufaturados, obrigando o país a fabricar alguns produtos que antes eram comprados no exterior.

            A industrialização por substituição de importações foi a principal característica do crescimento industrial brasileiro, após a crise mundial marcada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, os países europeus e os Estados Unidos diminuíram drasticamente a importação de café brasileiro, exportando menos não havia mais recursos para importar o que era necessário para o abastecimento do mercado brasileiro.

            1.3.4 – Política industrial

            Em 1930 o Brasil ainda era um país essencialmente agroexportador que utilizava a estratégia de industrialização como forma de superar a crise econômica sendo importante para a consolidação e a ampliação do mercado interno nacional, com a inclusão dos consumidores operários, tendo o fortalecimento do empresariado nacional, com participação importante nas decisões do Estado, que era incentivador das indústrias.

   1.4– Empresas multinacionais

            O período pós-Segunda Guerra foi marcada por um grande crescimento econômico, o qual levou as empresas estrangeiras a se instalar em países em desenvolvimento e fez várias empresas multinacionais se instalassem no Brasil, dando destaque a indústria automobilística.
             
      Quando as empresas automobilísticas estrangeiras se instalaram no Brasil, o governo exigiu um índice de nacionalização das autopeças de cerca de 80%, ou seja, cada dez peças que fossem utilizadas nos automóveis produzidos, oito teriam de ser fabricadas por empresas brasileiras, contribuindo assim para que a indústria brasileira de autopeças se transformasse em uma das mais importantes do mundo.

    1.5 – O tripé da indústria: empresas nacionais, multinacionais e estatais

            Durante todo o período de industrialização brasileira uma característica marcante foi a presença de capitais nacionais, estrangeira e do Estado. Quando não existia interesse imediato por parte dos empreendedores nacionais e estrangeiros, o Estado intervinha na economia como investidor em alguns ramos industriais que exigiam grandes capitais.

            1.5.1 – Principais setores das empresas multinacionais

            Hoje, os principais setores em que empresas multinacionais atuam são: a produção de automóvel, farmacêutica, de material elétrico, eletroeletrônico, químico, entre outros.

    1.6 – A indústria nacional

            A presença de indústrias nacionais é importante para um país por vários motivos, como a criação de tecnologias próprias e o atendimento às necessidades internas do país. O parque brasileiro é formado principalmente por empresas de capital estrangeiro, trazendo algumas conseqüências importantes para a vida econômica e social do país, como a permanente remessa de dinheiro para o exterior.

            É importante r que o processo de industrialização é responsável pela geração de inúmeros empregos, e lembrando que quando há crescimento industrial, consequentimente há crescimento de outras atividades urbanas no setor de serviços e comércio, aumentando assim a oferta de emprego.

            1.6.1 – desnacionalização da indústria

            Nos anos 1990, houve uma política de internacionalização e abertura econômica que foi adotada no início da década e aprofundada em sua segunda metade. Dessa forma, grandes empresas brasileiras foram compradas por empresas estrangeiras, entre estatais (telecomunicações, mineração, siderurgia), privadas (metal-mecânica, autopeças, siderúrgica).

            O Brasil, nos últimos anos, tem recebido investimentos de muitas empresas industriais multinacionais, atraídas pelo nosso grande mercado consumidor, pela disponibilidade de mão de obra e pelo nosso desenvolvido parque industrial.

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