terça-feira, 23 de agosto de 2011

2 - Indústria e atividade econômica

O Brasil, apesar de ainda depender tecnologicamente de países mais desenvolvidos, possui indústria ampla e diversificada, e para conhecer melhor esse importante segmento de nossa economia é necessário estudar os diversos setores industriais do país.

   1.1 – O extrativismo mineral

       Chamamos de extrativismo mineral toda atividade ligada à retira do subsolo de
substâncias minerais que serão utilizadas como matéria-prima pela indústria de transformação. A atividade extrativista pode ser feita de forma artesanal (por garimpeiros de ouro) ou por forma industrial, através da indústria extrativa, com utilização de tecnologia e equipamentos pesados na extração de minério de ferro, bauxita, níquel, etc. 

1.1.1     – potencialidades do subsolo brasileiro

O Brasil possui imensas riquezas em seu subsolo, o que lhe confere grande potencial para a indústria extrativista. Podemos destacar a extração de minerais metálicos (ferro, ouro, níquel, e manganês) e de minerais não-metálicos (calcário e fosfato).

            As principais áreas extrativistas de minérios são: o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, a Serra dos Carajás, no Pará, e a região de Brusque-Itajaí, em Santa Catarina. Podemos destacar as empresas: a Vale, antiga Companhia Vale do Rio Doce (com 40,24% de participação no mercado em 2008), e a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) (com 13,68%).


O tamanho do território e as características do subsolo brasileiro contribuem para a existência dessa enorme concentração mineral e grande quantidade de províncias minerais. O país se destaca na produção de ferro, alumínio, cobre manganês, ouro e níquel. 

A disponibilidade dos recursos minerais foi fator favorável à industrialização brasileira.

1.2.1     – Importância do setor siderúrgico

Um dos aspectos mais importantes da industrialização é a possibilidade de produzir ligas metálicas, que serão utilizadas na fabricação de outros produtos de consumo, portanto é necessário ter empresas siderúrgicas capazes de produzir matéria-prima que será consumida por outras indústrias.


Algumas empresas siderúrgicas, no início da industrialização brasileira, eram de capital estrangeiro e atuavam no país para beneficiar das grandes riquezas minerais que aqui se encontravam. Somente em 1946, com o início das atividades da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o Brasil passou a contar com uma siderurgia moderna e totalmente nacional. Esse fato proporcionou um grande impulso para a industrialização, pois o aço é matéria prima fundamental para outras indústrias.

1.3.1     – Quadro atual

Em 2008, o parque industrial siderúrgico do Brasil era composto por 25 usinas, administradas por oito grupos empresariais. Os fatores locacionais, como a proximidade dos portos e a existência de uma rede de ferrovias, fazem do setor siderúrgico um dos mais competitivos internacionalmente, ou seja, o aço produzido no Brasil é mais barato que o produzido em outros países, o que favorece as exportações brasileiras.

    1.4 – A indústria de bens de consumo

    Chamamos de bens de consumo todos aqueles que são destinados a satisfazer diretamente as necessidades humanas, como alimentos, roupas, utensílios domésticos, entre outros.

            2.3.1 – Indústria de bens de consumo duráveis e não duráveis

            Duráveis são os que duram vários anos (carros, eletrodomésticos, etc.), neste setor destacam-se as indústrias automobilísticas, e os não duráveis são os que precisam ser substituídos num tempo menor (alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal, etc.), podemos destacar neste setor produtos do setor agroalimentar, têxtil, de calçados, de bebidas, fumo, entre outros.

    1.5 – Bens de capital

Os bens de capital são aqueles que não são consumidos diretamente pelas pessoas, mas auxiliam na fabricação de outros bens, como máquinas, equipamentos, entre outros. Eles são produzidos pelas indústrias de eletrodomésticos (fogões, geladeiras, micro-ondas) e as de eletroeletrônicos (aparelho de som, computadores, televisores, etc.).

1.5.1     – A indústria de base

      Os bens de produção ou bens de capital são aqueles que não são consumidos diretamente pelas pessoas, mas utilizados por outras indústrias na produção de bens de consumo, como por exemplo as matérias-primas necessárias para a indústria, como produtos químicos e petroquímicos, materiais de construção, barras e chapas de aço, entre outros.

        Além desses, são bens de capital as máquinas, ferramentas e equipamentos industriais e todos esses produtos são elaborados pela indústria de base, pois fornecem matérias-primas, máquinas e equipamentos a outras indústrias, formando a base necessária para todo o processo de produção industrial de um país.

     1.6 – A indústria de ponta

A partir da década de 1970, ocorreram grandes transformações na indústria. Entre essas transformações figuram a industrialização de novas tecnologias, reorganização da produção e a utilização de técnicas poupadas de mão de obra, como o uso de robôs.

Nesse período houve um avanço muito grande nos setores de telecomunicações, robótica e informática, melhorando grande parte dos processos produtivos industriais. Esse período ficou conhecido como Terceira Revolução Industrial ou período técnico-científico informacional.

1.6.1     – Importância da inovação tecnológica

Por ser um dos principais fatores que caracterizam a industrialização atual, as indústrias de ponta são aquelas que possuem alto grau de capacidade de inovação tecnológica, ou seja, são capazes de criar novos procedimentos ou novas máquinas e equipamentos que possibilitem maior produção com  menor emprego de mão de obra ou matéria-prima.

A criação de novos produtos, equipamentos, processos de produção è algo de grande importância para a industrialização do país, por isso há grande incentivo por parte dos Estados nacionais para que haja desenvolvimento tecnológico autônomo ou em cooperação com outros setores mais dinâmicos.

1.6.2     – principais setores de ponta no Brasil

            O Brasil é um país que possui baixo desenvolvimento tecnológico na maioria dos setores onde atua, tendo de importar grande parte da tecnologia de ponta utilizada em suas indústrias, possuindo assim uma alta dependência tecnológica em relação aos países desenvolvidos.

            Mesmo assim a produção tecnológica brasileira tem sido incentivada com o desenvolvimento de tecnologia nacional nos setores de combustíveis (biodiesel, álcool), agricultura (produção de sementes, desenvolvimento de novas espécies), telecomunicações, aviação e extração de petróleo, entre outros.

            As universidades também são importantes setores de desenvolvimento tecnológico do país.

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