terça-feira, 20 de setembro de 2011

2 - Transporte


A urbanização requer a modernização das redes de transporte, que favorecem a circulação eficiente de pessoas e mercadorias, encurtando distâncias e se tornando importantes eixos da integração nacional.

2.1– A integração nacional

A plena ocupação do território brasileiro surgiu como necessidade não apenas econômica, mas também de segurança nacional. A vasta fronteira continental do país já havia sido motivo de disputas anteriores com países vizinhos, em virtude, principalmente, de sua escassa população. Assim, a expansão da infraestrutura e do povoamento visava também ampliar o controle do Estado sobre todo o território nacional.

2.1.1– Rodovias para a integração

A solução para a integração nacional foi encontrada na construção de uma extensa malha rodoviária, que deveria ligar os pontos mais distantes e isolados aos centros economicamente mais dinâmicos.

A opção pela ampliação rodoviária também estava ligada à implantação da indústria automobilística no Brasil, a partir da década de 1970.





        A idéia de construir uma nova capital para o Brasil no interior do país surgiu a muito tempo, desde do século XVIII, com a estratégia para proteger a capital da Colônia de possíveis invasões interiores, mas foi no governo de Juscelino Kubitschek, 1956 a 1960, que Brasília foi construída e planejada para viabilizar, com o deslocamento da administração federal para o “coração do Brasil”, a migração da população e das atividades econômicas das zonas costeiras para o interior. A construção de Brasília movimentou vários setores da indústria nacional e atraiu trabalhadores de todas as regiões. 

     De Brasília originaram-se algumas rodovias, unindo-a a vários pontos do país. Além disso, estabeleceram-se rotas aéreas interligando o Distrito Federal às principais cidades brasileiras. Assim, a nova capital transformou-se em ponto de conexão aérea e terrestre, integrando a Região Centro-Oeste e o restante do Brasil.

2.3 – Redes de transporte

      As dimensões continentais do país e algumas de suas condições naturais, como milhares de quilômetro de rios navegáveis, possibilitam o desenvolvimento de diversos meios de transporte: aquaviário, ferroviário, dutoviário, rodoviário e aéreo.
O transporte ferroviário é pouco utilizado no país. A malha ferroviária brasileira é antiga, e os investimentos em sua modernização e ampliação não têm sido suficientes para torná-la uma alternativa ao transporte rodoviário. Os maiores investimentos têm sido feitos para o transporte ferroviário de carga, principalmente ligando áreas de extração de minérios, como a áreas de Minas Gerais, a portos de exportação, como o porto de Tubarão, no Espírito Santo.

         2.3.1 – A importância do transporte fluvial

      Nos últimos anos o Brasil procurou desenvolver o transporte de cargas fluvial com a criação de hidrovias, o modal de custo menor. Além disso, a rede hidrográfica com rios navegáveis é muito extensa e permite integrar diversas regiões entre si e ao litoral e a grandes portos marítimos.

     A Região Norte do Brasil, por concentrar a rede hidrográfica com maior navegabilidade, é responsável por mais de 60% do transporte fluvial de cargas no Brasil. O transporte fluvial é o principal meio de comunicação entre a população local.

3.1 – Os terminais intermodais

    A modernização dos transportes é um fator essencial para o desenvolvimento econômico de um país, pois é pelos meios de transporte que circulam as mercadorias produzidas e comercializadas, bem como as matérias-primas. No mundo atual, é necessário que eles sejam cada vez mais eficientes e rápidos. Nos portos e aeroportos ocorre a interligação dos terminais ferroviários, rodoviários e dutos que trazem ou levam matérias-primas, bens e mercadorias. O tempo de espera para o transporte tende a ser cada vez menor, o que significa menor custo de estocagem e maior rapidez na circulação.
No Brasil, ainda há carência de terminais intermodais eficientes. Os custos de infraestrutura são elevados, e a modernização requer altíssimos investimentos.

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