Cerca de 80% da população brasileira mora em cidades. O fenômeno da urbanização no Brasil é recente e se acelerou a partir da década de 1930 com o processo de industrialização.
1.1 – O fenômeno urbano
Para um agrupamento ser considerado cidade é necessário que se observem: população, densidade demográfica, infraestrutura e equipamentos urbanos.
A cidade moderna, com múltiplas funções, surgiu com a industrialização. A expansão das fábricas atraiu a população rural para trabalhar nos centros urbanos, esse fenômeno de migração do campo para a cidade é conhecido como êxodo rural.
1.1.1– A importância das cidades.
Muitas cidades grandes e médias têm ampliado sua importância tornando-se centros de decisão política, de moradia, trabalho e lazer para grande parte da população, de localização da produção industrial, de comércio e concentram a maior parte dos serviços.
Vista aérea da cidade de Salvador (BA),
2011, área bastante urbanizada.
1.2 – Urbanização brasileira
As primeiras cidades brasileiras surgiram no período colonial, a maioria o litoral. Eram cidades que dependiam em grande parte de Portugal para abastecer-se e desempenhar suas atividades.
Essas cidades administravam a produção e o escoamento de produtos agrícolas e extrativistas pelos portos e exerciam o papel de centros de defesa militar do território colonial. Surgiram, assim, Salvador, na Bahia; Recife, em Pernambuco; Rio de Janeiro, na capitania do Rio de Janeiro; entre outras.
1.2.1 – As cidades da mineração
No início do século XVIII, com a descoberta de ouro nas Minas Gerais, surgiram no interior do país cidades ligadas à exploração de pedras e metais preciosos, cidades vizinhas passaram abastecer as Minas Gerais com alimentos, gado para transporte e um forte comércio de produtos importados.
A atividade mineradora não durou muito tempo, o ouro logo se esgotou, e a população abandonou essas cidades, que entraram em decadência nas últimas décadas do século XVIII.
1.2.2 – O café e a urbanização
Aos poucos as cidades foram adquirindo importância, as populações aumentaram e as atividades econômicas foram se desenvolvendo com as funções especificamente urbanas.
Além da importância comercial e industrial, Rio de Janeiro concentrava as funções administrativas de capital da Colônia desde 1763, concentrava também o ensino e as atividades culturais da elite política e econômica do país.
São Paulo crescia aceleradamente, Santos era o principal porto, por onde a maior parte das exportações de café era escoada, além de ser a porta de entrada dos imigrantes que iam para as fazendas de café ou que se dirigiam para a cidades.
1.3 – O crescimento acelerado
O processo de urbanização no Brasil deu-se de forma acelerada, as cidades cresceram sem planejamento. Como conseqüência, as cidades não conseguiram absorver todos os migrantes, que ficaram sem emprego. As periferias cresceram desordenadamente, com pouca infraestrutura urbana.
Uma das principais conseqüências do crescimento rápido das cidades foi a proliferação de favelas e a ocupação de áreas de encostas.
1.3.1- Os grandes problemas urbanos
Nas grandes cidades são comuns problemas como a falta de transporte público que atenda a todos de maneira eficiente e rápida, o lixo, os aterros sanitários são poucos, os esgotos domésticos e industriais são jogados sem tratamento em rios e córregos, pois o saneamento básico não atende a todos os moradores das cidades.
A falta de infraestrutura urbana e o desemprego provocam o aumento das tensões sociais, da violência e do subemprego. Sem emprego fixo, muitos são obrigados a viver de trabalho temporários ou de “bico”, como ambulantes, vendedores de doces em semáforos, etc.
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